quinta-feira, 1 de março de 2012

O que tem de saber se pensa emigrar







O que tem de saber se pensa emigrar




24.02.2012
Se a sua missão é consolidar uma carreira global, seja porque não encontra opções profissionais em território nacional, ou porque essa é a sua ambição para lá de qualquer conjuntura, há fatores que o podem ajudar a minimizar o risco de não ser bem- sucedido ou ver defraudadas as suas expectativas. O ideal é sair de Portugal já com tudo assegurado.

Com número de portugueses a investir numa carreira além-fronteiras a crescer, multiplicam-se os alertas de cautela na avaliação das ofertas e das propostas profissionais que surgem do estrangeiro. Para os especialistas em recrutamento, o primeiro passo a dar é não fazer as malas sem recolher o máximo de informação possível sobre a empresa para onde se vai e, falar com profissionais que já tenham passado pela experiência e aqui, as redes sociais são de grande auxílio.

Se está decidido a mudar de país ou se aspira a uma experiência temporária além fronteiras, comece por avaliar as suas competências e os seus objetivos profissionais e perceber em que mercados encontra ofertas á sua medida. Veja que empresas se destacam nesses mercados, qual o perfil de candidatos que procuram e de que forma pode realizar a sua candidatura.

A grande maioria das organizações, sobretudo as que operam em mercados globais, já tem hoje sites próprios de recrutamento e carreiras destinados receber candidaturas espontâneas e currículos de candidatos. Lembre-se que deve adequar o seu currículo não só ao idioma, mas também ás expressões em vigor no país. Se quer uma abordagem mais personalizada, procure conhecer a empresa, a sua cultura e política e elabore uma candidatura direcionada e personalizada. Nisto podem ajudá-lo embaixadas, câmaras de comércio, recrutadores, mas também a internet.

A ideia é não ir de mãos a abanar. E já que tem a internet a postos, não deixe de pesquisar portugueses que trabalhem ou já tenham trabalhado nessa empresa. Como? Através das redes sociais. Este é um dos casos em que o networking pode fazer milagres por si e pode significar a diferença entre um risco calculado e uma má aposta.

Se os recrutadores utilizam as redes sociais para recolher informações sobre potenciais candidatos, porque não pode um candidato recolher informações sobre os recrutadores? Navegue pelas múltiplas redes sociais disponíveis e procure portugueses ou outros estrangeiros a trabalhar, ou que já tenham trabalhado, na empresa à qual se candidatou.

O Facebook e o Linkedin costumam ser boas fontes nesta área e além de o ajudarem a localizar outros profissionais que o possam orientar a respeito de uma empresa específica, pode ainda encontrar quem o consiga ajudar a preparar a sua viagem. Procure, por exemplo, perceber se o salário e as condições que lhe oferecem são competitivos para o nível de vida do país, como funciona o sistema de saúde local e os descontos, se são necessárias autorizações especiais para trabalhar no país, se o custo da habitação e da alimentação são caros. São pequenos fatores que podem fazer toda a diferença.

Assim como fará, certamente, toda a diferença não aceitar proposta nenhuma sem fazer uma visita preparatória ao país. Lembre-se que há grandes diferenças entre uma carreira internacional construída dentro da Europa ou em países culturalmente mais distantes como. Deve contabilizar a sua capacidade de adaptação e procurar conhecer o país e a cidade onde vai viver, antes de qualquer mudança. Deve aproveitar a visita para ver como tudo funciona, desde o mercado habitacional até ao ensino, se pensa levar a família.