terça-feira, 3 de setembro de 2019

anima mea | capítulo I

Podemos acreditar que existem seres que nos criaram. A questão é se acreditamos ou não que somos nós quem constrói o nosso destino e escrevemos a nossa história.
É que não é fácil escrever uma história, quanto mais a nossa.
É mais fácil dizer que os nossos criadores traçaram o nosso destino e o que tem de ser, será.
Não, não é verdade. O que tem de ser nem sempre será, simplesmente porque não são assim que as coisas funcionam.
E invocar a sorte também não é opção. O destino e a sorte não andam de mãos dadas e não variantes decisivas no desenrolar dos eventos da nossa vida.
Muito provavelmente, ao longo da nossa vida, temos de construir o nosso destino e criar a nossa sorte; se ficarmos à espera destes dois, vamos ter muito de esperar.
Se querermos trazer alguma variante que justifique a obtenção ou não obtenção do que queremos ou do que nos acontece, ou não acontece, é a vontade. Sim, a vontade é definidora dos eventos da nossa vida.
A ausência de vontade é tão importante como a existência a 200% da mesma em nós. Faz acontecer eventos. Ou faz não acontecer.
Nas manhãs de frio e sem esperança, é quando normalmente conseguimos pôr em prática algo determinante, simplesmente porque a nossa vontade está bem vincada e definida.  

A determinação nasce dos momentos de dor e desespero, é nesses instantes que descobrimos a nossa verdadeira essência: se somos vencedores, se nos damos por vencidos, ou o pior dos piores, se somos indiferentes.

P.C. Franco 


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