quinta-feira, 26 de dezembro de 2019

anima mea | evolução ou ética


Capítulo V

É imoral modificarmos as leis da Natureza?

Não é isso que o Homem faz desde que o seu cérebro começou a desenvolver o raciocínio e ganhar consciência?

Não é esse o propósito de ter um cérebro racional e consciente, a busca pela evolução da espécie?

Se estamos limitados pela ética, que tipo de evolução teremos?

E quem decide o que é ético e o que, não é? São as pessoas anónimas ou indivíduos pensantes e com poder sobre a sociedade?

A opinião de um legislador, de um cientista, de um cidadão anónimo, de um cidadão com uma doença genética degenerativa ou com uma pessoa de quem gosta nestas condições, são opiniões diferentes.

Todas válidas. Mas, mais uma vez, diferentes. O que coloca a ética sob vários pontos de entendimento e, por consequência, um modo de ver a vida e a evolução da Humanidade.

É humano sabermos que conseguimos descobrir a origem de uma doença e por isso erradicá-la do ADN das pessoas que sofrem ou virão a sofrer e não usarmos esse conhecimento?

Irão sempre haver sacrifícios, limites que podemos questionar, técnicas e tratamentos que irão falhar até que os primeiros comecem a ser eficazes e modificarmos a vida de uma pessoa, de uma família, de uma comunidade, de uma sociedade, da própria Humanidade.

P.C. Franco

reservados os direitos de autor
all rights reserved