terça-feira, 13 de maio de 2014

Verdadeiro Processo Revolucionário


Em cada passo dado a sociedade percorre o caminho da evolução.

Está, sem dúvida, em permanente expansão.

Mesmo que por vezes esse avanço se faça através de um retrocesso. Aparente. Sim, podemos aceitar que certos acontecimentos na História da Humanidade, apesar de terriveis e intoleráveis, tenham tido um propósito de avanço evolutivo.

Divago, por exemplo, pela 2ª Guerra Mundial. Tempos de trevas que assolaram todo o Planeta, espalhando o ódio, a conspiração, a fome, a morte.

Sobreviventes com o coração ferido e pensamentos contaminados com as piores memórias. Países desvastados.

E, no meio do caos, um novo começo e um novo sentir de união entre os povos; um sentir a necessidade de paz para uma vida pacifíca e em equilibrio.

Era preciso proteger a paz.

Porque os povos queriam respirar, acordar, adormecer, viver sem o rancor entre os Homens e sem a destruição.

Grandes acontecimentos terriveis ensinaram-nos o quanto perigoso é viver em guerra, perseguição, ou seja, sem paz.

E, todavia, hoje em dia continuamos a insistir no paradoxo: criamos organizações que promovam a paz entre os povos, mas ameaçamos, invadimos, torturamos também. Lembramo-nos da necessidade de paz quando as ameaças que provocamos escapam do nosso controlo.

Neste tempo que atravessamos, o verdadeiro processo revolucionário opera-se através da diversidade e da complexidade.

Somente um profundo aceitar desta nossa divergência de rostos, de cor, de pensamentos, de rituais, de ideologias, torna possível o próximo salto na evolução.

Urge sabermos entender que somos complexos e diversos, povo para povo.

E sendo assim, questiona-mos, é possível viver em harmonia nesta divergência?

É esse o desafio.

Somos mutantes.

E a mutação não se fica apenas pelo aspeto físico.

A mutação acontece essencialmente a nível do pensamento. E quando quer, a Humanidade sabe ser admirável.

Paula Franco
#Pf #tws