quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

obrigado

obrigada a todas as criaturas deste e do outro mundo que caminham comigo esta estrada que os Deuses me determinaram.

o mundo gira ao seu ritmo sem que tenhamos muitas vezes tempo de nos adaptarmos às mudanças.

nem por isso deixamos de viver os dias e as noites, por mais confusos, perturbadores, mentalmente inquietos, eles sejam.

é na escuridão que fazemos brilhar o que de melhor carregamos connosco. quem recusar encarar as trevas, está a negar-se a si próprio. e quem nega a sua essência humana, não evolui.

a evolução permite-nos alcançar mundos de outras dimensões e ver a realidade para além dos nossos olhos. nunca me passou pela cabeça ficar por esta dimensão, seria desperdiçar uma vida neste percurso que é a eternidade.

esperam por nós mas também esperam de nós o melhor que possamos dar.

P.C. Franco


quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

Nos confins mais remotos e perdidos da História da Humanidade

O passado não é algo dado e fechado, está continuamente em mudança pois tudo depende de como o lembramos, ou seja, a nossa perceção de como ver, analisar e entender factos passados, vai mudando com o evoluir da nossa mentalidade e isso altera inevitavelmente como voltamos a percecionar factos já ocorridos.

Tal como a vida, o passado é também dinâmico, evolutivo.

Isto conduz-nos a uma conclusão: o passado pode e tem diversos pontos de vista que variam consoante a nossa mentalidade no momento.

E seguir o caminho dos antigos a que o passado nos conduz, exige vontade em embrenhar-se nos confins mais remotos e perdidos da História da Humanindade.

Podemos nunca mais de lá voltar.

É uma viagem pessoal e coletiva aos confins perdidos e sombrios da mente de nós próprios enquanto Humanidade, noutro tempo, noutra era.

Exige de nós uma grande abertura de pensamento e de entendimento. O não julgar os Homens e as Mulheres do passado é uma tarefa difícil porque o ser humano é um ser emotivo por natureza.

Os exercícios racionais a que nos sujeitamos e nos massacramos, na crença de que evolução é racionalidade, são logo afastados em situações em que experimentamos eventos que abalam as nossas convicções.

Há e sempre haverá um punhado dos que são racionais, fugindo a esta caraterística humana intrínseca em cada um de nós: reação emotiva a fortes eventos.

Todavia, o mundo, no geral, avalia e reavalia o passado de modo emotivo, condenando ou absolvendo eventos emocionalmente. 
Esta viagem profunda por caminhos e ruelas do passado não nos deve fazer perder o presente ou sequer esquecer o futuro.

Um dia o presente e o futuro serão passados a serem analisados e avaliados por outros que virão depois de nós e que o irão fazer também emocionalmente. E podem não concordar com as nossas escolhas. E seremos julgados por isso.

Não há nada de mal em usar parte do nosso tempo a re-analisar o passado. Não é tempo desperdiçado, é sim tempo recuperado que irá ser projetado no futuro.

Não podemos avançar sem termos compreendido o que ficou para trás.

Cada vez mais a Humanidade, em prol de preparar um futuro conscientemente melhor para o Planeta, deve voltar a debruçar-se sobre acontecimentos da História pois se atualmente continuamos a cometer erros anteriormente cometidos, é porque não fizemos uma boa análise e interpretação e consequentemente, com ele (passado) nada aprendemos o que significa dizer, que não evoluímos.

E sem evolução, o futuro não acontece.

P.C. Franco




Artwork by Daria Hlazatova

sábado, 9 de dezembro de 2017

Contos de Luz | worldwide candle lighting 2017

Contos de Luz é um evento de homenagem a crianças e jovens que perderam a vida.

 
Esta é uma iniciativa mundial que une famílias e amigos em todo o mundo, convidando-os a acender uma vela durante uma hora para homenagear todas as crianças e jovens, que partiram demasiado cedo. As velas são acesas às 19h00 (hora local) gerando, assim, uma onda de luz a nível mundial. 


A edição portuguesa, Contos de Luz, tem como missão celebrar quem viveu. 

Como? Terminando projetos iniciados por estas crianças/jovens e trazer, assim, algum sossego aos corações dos seus pais. Este ano, propusemo-nos a terminar a Mixórdia de Temáticas, que começou a ser escrita pelo “Tiago das Tecnologias”, um menino de 12 anos que perdeu a sua luta contra o cancro infantil. Lançámos o desafio ao humorista Ricardo Araújo Pereira, que aceitou o desafio de terminar a mixórdia escrita pelo menino, apadrinhando o evento deste ano.


Portugal aderiu ao evento Contos de Luz. 



Este ano, várias são as cidades de norte a sul do país, que vão realizar pequenas cerimónias de homenagem. Entre elas, destacamos: Aveiro, Beja, Braga, Évora, Lisboa, Porto e Santarém. 



As cerimónias são de entrada gratuita. Iniciam às 18h00, com um pequeno concerto musical. Durante o concerto será prestada a devida homenagem às crianças e jovens que perderam a vida, com o acender de uma vela.


DREAMER AGENCY é patrocinadora do evento, ajudando a inspirar todos aqueles que têm de enfrentar diariamente a saudade.

Dreamer Agency

Evento Contos de Luz



quinta-feira, 9 de novembro de 2017

Enquanto as Valquírias e os Abutres Dançam

Seremos infinitos na nossa busca incessante pela felicidade, ou apenas a procuramos porque nos disseram que é esse o objetivo nesta nossa vida?

E se quisermos não procurar a felicidade e apenas viver, estaremos a corromper o propósito enquanto humanos?

Questões colocadas e respostas por dar, ou sem intenção de serem esclarecidas. tudo o que é esclarecido força-nos a adotar uma posição de ação, e nem sempre nos apetece agir. na maioria, é bem verdade, apenas queremos questionar mas sem consequência.

" Deixem-se viver apenas, sem carregarem o fardo de alguma obrigatoriedade de conquistarem o que outros ou alguém decidiu por vocês", disse ele.

Ela pensou substancialmente nisso durante muito tempo, talvez demasiado tempo. e enquanto pensava, o mundo avançava mas não ela. e havia ainda um longo caminho pela frente naquela estrada que teimava continuar sem nome.

Sem haver a possibilidade de andar para trás, apenas era permitido abrandar o ritmo, parar para descansar, acelerar o passo, correr, voltar a descansar, mas em caso algum voltar atrás. Havia consequências inimagináveis que teríamos de enfrentar. Ora, ninguém gosta do que não se vê e perante o desconhecido inimaginável, era melhor não desobedecer a esta regra.

Por outro lado, o que havia à frente era por sua vez também desconhecido.

E muitas vezes inimaginável, sem sombra de dúvida. 

(pensamentos retirados de uma história mais longa)

P.C.Franco 


segunda-feira, 6 de novembro de 2017

Entre as Rochas e a Terra

"Mas Goethe era pesado e os poetas estavam bêbados. Chegados à antecâmara largaram-no, e Goethe lamentou-se e exclamou: «Meus amigos, deixem-me morrer aqui!»"
Milan Kundera in O Livro do Riso e do Esquecimento


As folhas que tombaram nessa noite de vento estavam agora espalhadas pelo chão, em desordem, sem qualquer harmonia.

O escuro da noite faz tudo parecer menos perturbante, o que não se vê nunca a preocupou.

A noite protege-a dos demónios pois consegue vê-los.

A luz do dia esconde-os e ela não sabe que caminho percorrer para os evitar.

Era tempo de deixar o mundo por uns tempos e ir à procura daquilo que a que se chamam respostas. 

Durante o caminho ela percebeu que mais não ia encontrar do que perguntas novas que faziam com que as respostas que ela procurava não tivessem mais sentido.

"Podes sempre ficar com a especulação das respostas que estavas à espera de encontrar e não te preocupares com mais perguntas que certamente não irás ter respostas", disse-lhe ele.

Mas ela já sabia que só pensava nas novas perguntas e onde elas a iriam levar.

Ainda não tinha decidido quando voltaria ao mundo, tinha tanto para fazer primeiro.


(uma mais longa história que continua)

P.C. Franco



segunda-feira, 9 de outubro de 2017

(ser) Lennon

John Lennon, o pilar inspirador da minha vida, faria 77 anos se Mark Chapman não lhe tivesse tirado a vida na noite de 8 de dezembro de 1981, em frente ao seu apartamento no edifício Dakota, em Nova Iorque. 
O assassinato de John Lennon foi o primeiro evento a marcar-me profundamente, era demasiado criança para ouvir adultos falarem do que tinha acontecido, e, para mim um homem que cantava músicas e que defendia a paz ter sido assassinado por não concordarem com ele, fez muita confusão e deixou-me marcas. 
Foi algo que me deixou a pensar durante anos e que sinceramente, ainda me põe a pensar, mas já com análise e conclusões diferentes.
Sempre ouvi os Beatles em casa, no gira discos, na rádio, na televisão, depois nos cds, agora no streaming, no youtube, onde quer que se esteja, hoje em dia podemos ouvir as músicas que queremos. Antes não era bem assim, talvez por isso dávamos mais valor aos artistas que gostávamos, não os ouviamos quando queriamos, mas sim quando era possível.
Não consigo imaginar como seria a minha vida e a do Mundo se os Beatles não tivessem existido, se John Lennon não tivesse aquela ideia de transformar a banda com que andava em algo diferente e que para tal viu e sentiu que só iria conseguir se Paul McCartney se juntasse à banda. E Paul trouxe com ele George Harrison e depois Paul e John foram buscar Ringo Starr, um excelente baterista que iria completar a visão de John e Paul para esta banda, The Beatles.
A minha vida, a minha personalidade, seriam completamente diferentes e o Mundo seria um lugar menos brilhante e ousado. Lennon deu a cara por uma mudança de mentalidade, comportamento e visão que talvez hoje em dia as pessoas não dêem o devido valor e importância. E deveriam dar. E sentir. 
Quer seria de nós se não tivesses existido, John?
Pobres, muito pobres de espírito e de pensamento. 
Falavas da paz, defendias a paz, e eras criticado por isso. Não sei porquê, mas continuas tão atual como nos tempos em que erguias a voz contra o Vietname e todas as guerras. Quem diria? Gerações depois e continuamos a precisar de vozes que nos inspirem a defender e a lutar pela paz. Não soubemos aprender. Talvez porque foste embora cedo demais. Sim, és um daqueles casos em que foste embora antes do tempo. O homem para além deste tempo que foi embora antes do tempo.
O teu ativismo político foi decisivo para a minha vontade em não ter medo nem receio de defender as causas em que acreditava e acredito. A tua ousadia e irreverência inspiraram-me e ter pensamento livre e a defender as minhas convicções. A tua mente inspirou-me de que podem existir homens diferentes da maioria com que me cruzo diariamente. 
Talvez possa um dia, quem sabe, finalmente conversar contigo sobre como podemos mudar o Mundo.
PC Franco

*** 

John Lennon, the inspirational pillar of my life, would have been 77 years if Mark Chapman had not taken his life on the night of December 8, 1981, in front of his apartment in the Dakota building in New York.
The murder of John Lennon was the first event to mark me deeply, it was too young to hear adults talk about what had happened, and for me a man who sang songs and who advocated the peace being murdered for not agreeing with him, made a lot of confusion and left me marks.
It was something that left me thinking for years and that sincerely, it still makes me think, but with different analysis and conclusions.
I've always heard the Beatles at home, on recordings, on radio, on television, then on CDs, now streaming, on youtube, wherever you are, nowadays we can listen to the songs we want. Before, it was not quite like that, maybe that's why we gave more value to the artists we liked, we did not listen to them when we wanted, but when it was possible.
I can not imagine what my life would be like if the Beatles had not existed if John Lennon did not have that idea of ​​turning the band into something different and he felt that he would only get Paul McCartney joined the band. And Paul brought with him George Harrison and then Paul and John went to get Ringo Starr, an excellent drummer who would complete the vision of John and Paul for this band, The Beatles.
My life, my personality, would be completely different and the World would be a less bright and daring place. Lennon took a turn for a change of mentality, behavior and vision that perhaps today people do not give the due value and importance. And they should. And feel.
Would it be us if you had not, John?
Poor, very poor in spirit and thought.
You spoke of peace, you defended peace, and you were criticized for it. I do not know why, but you remain as current as in the days when you raised your voice against Vietnam and all wars. Who would say? Generations later and we still need voices that inspire us to defend and fight for peace. We did not know how to learn. Maybe because you left too soon. Yes, you're one of those cases where you left early. Man beyond this time that was gone ahead of time.
Your political activism was decisive for my determination not to be afraid or fearful of defending the causes in which I believed and believed. Your boldness and irreverence have inspired me and have free thought and defend my convictions. Your mind has inspired me that there may be men different from the majority I meet daily.
Maybe someday, maybe we'll finally talk to you about how we can change the world.
PC Franco 



quarta-feira, 13 de setembro de 2017

I'm Build Of Chaos

I see
Millions of faces
And hear thousands
Of voices and whispers
When I
Close my eyes

There's no emptiness
In my mind,
Only an ocean
Of pictures, feelings,
Tears and laughs
That I can't
Erase
Or forget

I'm build
Of chaos or order
Gathered in an open
Universe of possibilities

Still
I'm certain of my
Restless soul.


P.C. Franco
poet





terça-feira, 25 de julho de 2017

Caleidoscópio

I
o paradoxo das manhãs faz-te querer o mundo ao acordar
e querer desaparecer na noite sem lua.
o que acontece no tempo suspenso entre o dia e a noite
pertence ao tempo que ainda não veio, que talvez nem virá,
ou que será um dia esquecido por todos que o lembravam.

II
as ruas soam a uma selva de sons e cores, sonhos desfeitos
e esperanças encontradas, crenças e desesperos,
misturada com momentos de racionalidade que nos conduz
através de caminhos erráticos de vontades e contra-vontades.
somos feitos de invisíveis saudades.

III
aquilo que um dia quisemos ser, perdeu-se, desfez-se,
na utopia entretanto revelada, desvendada,
houve um tempo em que isso não importava,
éramos maiores que a vida, a nossa alma sobrevoava
o chão e, sem amarras, éramos crianças donas do incógnito.

IV
a vida acontecia dentro do caleidoscópio de um presente que se transcendia,
para além do futuro, na eternidade. 
era o mundo por acontecer.


Paula Cristina Franco 
poet





segunda-feira, 10 de julho de 2017

rostos que vagueiam

rostos
que vagueiam no silêncio da noite
deambulam sós na ausência de sons

somos
habitantes destinados a vaguear
pelos caminhos sinuosos da escuridão

seres
crentes no momento, no instante
no dia e noite de cada amanhecer

caminhantes que percorrem
a estrada da noite
de cada luar, de cada aurora
sou, és, somos, todos


Paula Cristina Franco





segunda-feira, 3 de julho de 2017

o poeta tornado filosofo cuja alma não podia ser contida | Morrison

Em 1971, 5 anos antes de eu nascer, James Douglas Morrison deixava o Mundo, no seu apartamento em Paris. Tinha aí passado os seus últimos tempos nesta vida. Aí se encontra sepultado. Nunca regressou a casa. Quando partiu da América penso que levou consigo uma mágoa por não ser compreendido na sua arte. Ou talvez não, o deixar a América por não o compreenderem era um sentido de missão cumprida: tinha abalado o Mundo com a sua poesia, atitude e visão filosófica. 

Lembro-me da primeira vez que li poemas do Rei Lagarto, do Mr. Mojo, de Jimbo, ou simplesmente, Jim. Se eu gostava de escrever, esse gosto transformou-se num modo de ser quando despertei para a poesia. Para uma poesia livre, inconformada, inquieta, transformada em poesia falada, conversada, com o objetivo de expandir o consciente, neste e noutros universos. 

Ouvir Morrison horas a fio a declamar poesia é das viagens mentais mais sublimes e que se tornaram recorrentes desde a minha infância e que irão acompanhar até ao final.

Um sentimento que me persegue, o lamento de não ter ficado connosco mais tempo para mais escrever e mais inspirar. Ter Morrison nos tempos atuais seria fabuloso.
Jim Morrison, o poeta tornado filósofo cuja alma não podia ser contida num mero corpo mortal.
PCf

***

In 1971, five years before I was born, James Douglas Morrison left the World in his apartment in Paris. He had spent his last days there in this life. There he is buried. He never came home. When he left America, I think he took with him a grief for not being understood in his art. Or maybe not, leaving America for not understanding it was a sense of mission accomplished: it had shaken the World with its poetry, attitude and philosophical vision.
I remember the first time I read the poems of King Lizard, Mr. Mojo, Jimbo, or just Jim. If I liked to write, that taste became a way of being when I awoke to poetry. For a free poem, nonconformist, restless, transformed into poetry spoken, conversed, with the purpose of expanding the conscious, in this and other universes.
Listening to Morrison for hours to declaim poetry is one of the most sublime mental journeys that has become recurrent since my childhood and will follow through to the end.
A feeling that haunts me, the regret of not having stayed with us any longer to write more and to inspire. Having Morrison in modern times would be fabulous.
Jim Morrison, the poet turned philosopher whose soul could not be contained in a mere mortal body.
PCf







segunda-feira, 12 de junho de 2017

A Comet On Earth made us chameleons

To Bowie for the remarkable way he transformed us in chameleons


A COMET ON EARTH


Like a comet
You reached Earth
With a never ending fire
Rising stardust among us
Unleashing never seeing beings.
Oh, my friend,
My lovely starman,
We feel you in our bonés,
Our mortal bodies
Danced in blue,
Red, green, yellow, Orange,
Golden dust & lust,
We loved the way you wanted,
Yes, we did,
Oh, my sweet starman,
You reached us,
You made us.
Then, like the invisible magic,
You left us, with no storm or thunder,
But with a broken heart.
We heal, we rise, we’re starmen,
You smile,
Blackstar,

Oh, you smile.






quarta-feira, 24 de maio de 2017

alive in the superunknown

Continua a ser-me difícil falar da morte de Chris Cornell. Olho para a capa da Classic Rock dedicada ao grunge e das três bandas míticas que estão representadas, lembro-me que já só temos Eddie Vedder connosco. E de repente a vida parece-me tão violentamente injusta e muito dura de entender.
Muito falam agora da sua morte. Na verdade, pode ser que daqui a algum tempo consiga fazer o mesmo, mas, por agora, não sei o que dizer ou sequer como lidar.
Gostava que ele estivesse connosco, alimentava uma esperança de mais trabalhos discográficos e talvez uma tour pela Europa dos Soundgarden. Tudo estava bem, eles andavam (quase) todos por aí, Guns N´Roses, Eddie Vedder, Soundgarden, U2, todos a darem-nos música e a inspirar. 
Cada vez que morre um ídolo da nossa adolescência, morre uma parte da nossa memória, li num artigo. É verdade. Palavras brutais.
Perdi a conta às vezes que ouvi e continuava (e continuo) a ouvir Soundagarden, Audioslave, as músicas a solo de Chris Cornell, porque aquela voz e as letras vinham da alma. Aliás, como eram e são todas as letras e músicas de bandas a sério. 
Espero que estejas em paz onde quer que estejas e que continues a inspirar não apenas a tua família e amigos, mas também os teus fãs espalhados pelo mundo que, no segundo que nos deixaste, uma parte de nós foi contigo. 
Até um dia, Chris Cornell. Que Era incrível foi aquela que juntamente com Kurt Cobain e Eddie Vedder nos deram, diretamente de Seattle. 
P. 



Christopher John Cornell Boyle, Seattle 20 july 1964 - Detroit 17 may 2017



Fundador dos Soundgarden, Audioslave e Temple Of the Dog, com carreira a solo, autor de um soundtrack dos filmes James Bond, primeira banda americana a realizar um concerto em Cuba, ativista e filantropo 



O seu primeiro instrumento na infância foi o piano mas iniciou a sua carreira como baterista na banda Jones Street Band. Em 1984, juntamente com o guitarrista Kim Thayil e o baixista Hiro Yamamoto, formou os Soundgarden. Lançaram, entre outros álbuns, Ultramega OK (1988) e Louder Than Love (1989), tendo boa repercusão no cenário alternativo americano. O primeiro EP da banda, Screaming Life, foi lançado em 1987 pela gravadora Sub Pop.


Em 1990 Junta-se a Jeff Ament e Stone Gossard, ambos membros dos Mother Love Bone, além dos recém recrutados Mike McCready e Eddie Vedder e formam o Temple Of The Dog.

Em 2001 fundou os Audioslave.

Em 2005, os Audioslave entram para a história, tornando-se o primeiro grupo americano a realizar um concerto em Cuba. A apresentação ao ar livre numa praça de Havana teve um público estimado em 50.000 pessoas.

Escreveu e compôs a música "You Know My Name", tema do filme James Bond Casino Royale, na estreia do ator Daniel Craig como agente secreto 007.










segunda-feira, 15 de maio de 2017

o dia em que a música ganhou

Amar pelos dois

Se um dia alguém perguntar por mim
Diz que vivi para te amar
Antes de ti, só existi
Cansado e sem nada para dar

Meu bem, ouve as minhas preces
Peço que regresses, que me voltes a querer
Eu sei que não se ama sozinho
Talvez, devagarinho, possas voltar a aprender

Meu bem, ouve as minhas preces
Peço que regresses, que me voltes a querer
Eu sei que não se ama sozinho
Talvez, devagarinho, possas voltar a aprender

Se o teu coração não quiser ceder
Não sentir paixão, não quiser sofrer
Sem fazer planos do que virá depois
O meu coração pode amar pelos dois

letra de Luísa Sobral
arranjo musical de Luís Figueiredo
interpretação de Salvador Sobral

canção vencedora do Festival da Eurovisão 2017
país: Portugal











quinta-feira, 20 de abril de 2017

one thousand years ago

one thousand years ago,
when time has been suspend to eternity
we left home searching for new roads
among the dark and cold night 
of a distant universe.

one thousand years ago,
we felt alone and lost, sad but hopeful
we were happy, we had time suspended in time.
the energy around us was infinite,
leading us to the marvelous unknown.

lost, but with inner hope,
hearts full of beliefs in a bright tomorrow.

one thousand years after,
time is no longer suspended in time.
universe is calling, the roads are ending,
time and space are becoming One.

the road is no longer ahead.
the path is above us.
transcendence.
time to a new dimension where bodies can't go.
the land of the spirit.

Paula Cristina Franco
free poet








sexta-feira, 7 de abril de 2017

sing to life, laugh to destiny

I like strong flowers
in the morning when the fields
are empty
& we can run free
& sing
& laugh
to life & to the destiny

Golden moments of infinity
happiness
where all is a mistery

take my hand & come to see it,
it's green, it's blue,
it's what you want to be

come see it,
before human arrive,
before life happens.

Paula Cristina Franco
free poetry