Podemos acreditar que existem
seres que nos criaram. A questão é se acreditamos ou não que somos nós quem
constrói o nosso destino e escrevemos a nossa história.
É que não é fácil escrever uma
história, quanto mais a nossa.
É mais fácil dizer que os nossos
criadores traçaram o nosso destino e o que tem de ser, será.
Não, não é verdade. O que tem de
ser nem sempre será, simplesmente porque não são assim que as coisas funcionam.
E invocar a sorte também não é
opção. O destino e a sorte não andam de mãos dadas e não variantes decisivas no
desenrolar dos eventos da nossa vida.
Muito provavelmente, ao longo da
nossa vida, temos de construir o nosso destino e criar a nossa sorte; se
ficarmos à espera destes dois, vamos ter muito de esperar.
Se querermos trazer alguma
variante que justifique a obtenção ou não obtenção do que queremos ou do que
nos acontece, ou não acontece, é a vontade. Sim, a vontade é definidora dos
eventos da nossa vida.
A ausência de vontade é tão
importante como a existência a 200% da mesma em nós. Faz acontecer eventos. Ou
faz não acontecer.
Nas manhãs de frio e sem esperança,
é quando normalmente conseguimos pôr em prática algo determinante, simplesmente
porque a nossa vontade está bem vincada e definida.
A determinação nasce dos momentos
de dor e desespero, é nesses instantes que descobrimos a nossa verdadeira
essência: se somos vencedores, se nos damos por vencidos, ou o pior dos piores,
se somos indiferentes.
P.C. Franco
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