Capítulo V
É imoral modificarmos as leis da
Natureza?
Não é isso que o Homem faz desde
que o seu cérebro começou a desenvolver o raciocínio e ganhar consciência?
Não é esse o propósito de ter um
cérebro racional e consciente, a busca pela evolução da espécie?
Se estamos limitados pela ética,
que tipo de evolução teremos?
E quem decide o que é ético e o que,
não é? São as pessoas anónimas ou indivíduos pensantes e com poder sobre a
sociedade?
A opinião de um legislador, de um
cientista, de um cidadão anónimo, de um cidadão com uma doença genética
degenerativa ou com uma pessoa de quem gosta nestas condições, são opiniões
diferentes.
Todas válidas. Mas, mais uma vez,
diferentes. O que coloca a ética sob vários pontos de entendimento e, por consequência,
um modo de ver a vida e a evolução da Humanidade.
É humano sabermos que conseguimos
descobrir a origem de uma doença e por isso erradicá-la do ADN das pessoas que
sofrem ou virão a sofrer e não usarmos esse conhecimento?
Irão sempre haver sacrifícios,
limites que podemos questionar, técnicas e tratamentos que irão falhar até que
os primeiros comecem a ser eficazes e modificarmos a vida de uma pessoa, de uma
família, de uma comunidade, de uma sociedade, da própria Humanidade.
P.C. Franco
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